24.6.10

Sinopse

(Ou: "A vida em um parágrafo")
Amaral é um político aposentado.  Em sua luxuosa casa na montanha começa a repensar todas as pequenas experiências da vida pública.  Em meio a tantas recordações e em um quadro inicial de demência, as lembranças da vida vivida começam a se embaralhar com reminiscências de uma outra vida, desejada e que se perdeu pelo caminho.  O que teria sido? Como teria explorado suas potencialidades, em especial a pintura?  Em um rumo de auto aniquilação, uma a uma de suas passagens e personagens são resgatados em câmera lenta por uma mente que já não compreende o significado do mundo.  Mas qual é capaz de fazê-lo?
Em um verão no leste europeu, em meio ao perfume de flores e vinhos, Jane, canadense, atriz e professora de francês descobre, após uma crise de nervos, que atribuiu ao excesso de bebida, que seu noivo pretendia romper os planos de casamento.  Desolada, em busca de novas experiências, em uma terra estranha, conhece aquele que seria o verdadeiro amor de sua vida, Edgard.  Por não conseguirem dialogar em nenhum idioma comum, acabam por desenvolver um código de mímica, silêncios, gestos e toques. Era o verão de Jane, e nada poderia atravessar seu novo golfo de alegria e vivacidade. A não ser o destino.
“Ele tem o toque de Midas”.  Era assim que os amigos de José Amadeus o descreviam.  E fazia tudo do seu jeito, de modo incompreensível para a maioria.  Irônico, despojado, corajoso, esportista, enfim, um vencedor.  Num atraso no aeroporto de Belém compra o livro de auto-ajuda que mudaria todo o cenário iluminado em que vivia. Nesta comédia romântica, Amadeus desgoverna-se por seguir piamente todos os conselhos do livro, desbancando, definitivamente, sua poderosa e irreconhecida intuição.  A única solução? Matar a autora do livro.   Mas ao conhecer a simpática e desembaraçada Melissa Antunes logra outro meio de dar cabo de sua missão.  Forja uma relação de negócios e sugere que ela siga as fórmulas do antigo sucesso dele. Extraviados, desconsolados e duros, um e outro serão tudo o que restará para outro e um.
Maria das Dores é mãe de oito filhos na zona rural de Cajazeiras na Paraíba.  Em meio ao árido e semi-árido, suas desventuras de tempo de secas são aliviadas pelo sucesso de seus filhos empregados e escancaradas pela filha mais nova, Maria Matilde, que se desencaminhou e anima as noites do mal-afamado bordel local.  O filho mais velho, José Dias Vicente decide amparar a mãe e convencer a irmã a deixar seus amantes sedentos e buscar o caminho do Senhor.  Em meio à dança sensual da bela Matilde e seus fiéis clientes, um deles acabará encontrando o tal caminho.
Depois de formar-se como engenheiro, Etelvino decide frequentar o curso de designer gráfico na cidade do Rio de Janeiro.  Ao encontrar seu primo Marcelo, que não via desde a infância, percebe que este havia mudado muito e desconfia das novas amizades que este firmara.  Interiorano, retrógrado, pressionado por valores tradicionais e ortodoxos, vê-se assustado e tentado pelo mundo fascinante e rodopiante de Marcelo.  Drogas, álcool, orgias e finalmente, o descobrimento de novas identidades. O roteiro descreve a saga de um Etelvino, interiorano de Ituiutaba, enamorado, buscando o afeto de seus pais nada dispostos e versáteis.
Veridiana tem um nome sonoro, olhos claros e cabelos de um ruivo complexo.  Modelo, filha da alta casta social paulistana, bem vestida e alimentada, é acometida de um quadro grave de epilepsia em que experimenta sensações de êxtase e delírios religiosos.  Muitos médicos e exames depois, desfaz-se de tudo e perde-se entre livros de Dostoiévisky, também epiléptico. Não consegue discernir o quanto é doença e o quanto é luz de suas novas crenças e leituras. Lá descobre um mundo cinzento onde o contraste de seus vermelhos e azuis é o único conforto.  Encontra o jovem e magricela Benedito, vendedor de livros, e a amizade firmada entre os dois exercerá o efeito curativo que outros bálsamos não puderam.  
E se você tivesse que sintetizar sua vida em um filme de duas horas: como resumiria - para o grande ou pequeno público - tudo em um telegráfico parágrafo?  Você se convenceria se visse este filme em cartaz? E se lesse a tal sinopse, o que sentiria?  Diga já a verdade, pois  as luzes estão caindo... O espetáculo talvez já tenha começado...

6 comentários:

Loureiro Liveira disse...

Veneravel Mestre, tortuosos caminhos descrevestes. Valeu pelos papiros desgastados de vosso WEB-log.
Vosso discípulo Loureiro Liveira

Mau disse...

Aim... amei o texto... até que cheguei no último parágrafo... e a imagem que surgiu nocauteou meu riso, que bofetada.... nunca tinha pensado no abstract da minha vida.... melhor começar a reescrevê-lo .. E JÁ... Grande abraço côco.... ( e parabéns.... delícia de leitura, aguardo ansioso o longa metragem )

Mau disse...

Aim... amei o texto... até que cheguei no último parágrafo... e a imagem que surgiu nocauteou meu riso, que bofetada.... nunca tinha pensado no abstract da minha vida.... melhor começar a reescrevê-lo .. E JÁ... Grande abraço côco.... ( e parabéns.... delícia de leitura, aguardo ansioso o longa metragem )

Mau disse...

Aim... amei o texto... até que cheguei no último parágrafo... e a imagem que surgiu nocauteou meu riso, que bofetada.... nunca tinha pensado no abstract da minha vida.... melhor começar a reescrevê-lo .. E JÁ... Grande abraço côco.... ( e parabéns.... delícia de leitura, aguardo ansioso o longa metragem )

Mau disse...

Aim... amei o texto... até que cheguei no último parágrafo... e a imagem que surgiu nocauteou meu riso, que bofetada.... nunca tinha pensado no abstract da minha vida.... melhor começar a reescrevê-lo .. E JÁ... Grande abraço côco.... ( e parabéns.... delícia de leitura, aguardo ansioso o longa metragem )

Anônimo disse...

Olá meu caro amigo Hamer:

Há de chegar o dia em que aromas possam ser sentidos em leituras de textos variados na web. Os seus certamente terão aromas que acalentarão o sistema límbico.

grande abraço - Pessanha - Cajuru - SP