16.8.10

Aquém



Estou além do ...(...)... mal
Estou aquém do ...(...)... bem
Neste território de ...(...)... devaneios
Na bocada dos ...(...)... diamantes
Sei lá ao certo onde estou!

Vivo a vagar pelos caminhos modernos das telas
Um pirata contemporâneo...
Roubo o almoço e vendo o jantar
Me divido entre frases copiadas e rimas amortecidas
Para quê tudo isto!?

Miro o futuro mas meu gatilho é o passado
O presente é pulsação desgovernando a pontaria:
Queria ser o ser de meus planos
Mas a vida é convexa...
E é aí que o diabo se diverte!

Devaneios, diamantes, mal e bem
São os nomes dos meus animais
Que roem o tapete e o sofá da sala
Que bebem meu leite e me deixam a ração
Ou serei eu o bicho de estimação?

Além do bem e do mal eu não consigo respirar
Por isso o dia é hoje e me agarro ao agora
Com mira torta e ração farta no quintal
Troco meus medos por um punhado de amoras:
(Viver às vezes dá até soluço...)

3 comentários:

Anônimo disse...

Amigo, como é gostoso ler o que escreve. Uma pena não conseguirmos mais tomar cafés, não falarmos mais todos os dias e assim continar a falar dos seus devaneios embalados em seus textos. Mas aí seu texto responde: Pra que tudo isto que não estar mais perto? Saudade, saudade, saudade...

Beijos

Yone

Anônimo disse...

Hamer

Como diz o Pìazzola;

“Eterna e velha juventude que deixa acovardado como um pássaro sem luz...”

abraço

Menezes

Unknown disse...

MIGÃO:
Você está muito além de nós nestes seus textos maravilhosos. Eles mexem muito com quem somos e vemos que estamos aquém do que queriamos.
Um grande abraço.
Iúri e Déa